Dias de sol, boas ondas e muito surf, durante o Oi Rio Pro 2017 apresentado por Corona, a 4ª etapa do Circuito Mundial da WSL – World Surf League, que aconteceu em na Praia de Itaúna, entre os dias 9 e 17 de maio. Desde o final do ano passado, quando a WSL noticiou que a etapa brasileira do circuito mundial se mudaria da Barra da Tijuca para Saquarema, existia uma grande dúvida no meio do surf: se Saquarema teria condições estruturais e logísticas para receber a elite do surf, em um evento de grande porte, como é feito atualmente ao redor do mundo. (Fotos: Flávio Delazari)


MARACANÃ DO SURF: DO BRASIL PARA O MUNDO

As 11 etapas do mundial de surf têm como premissa a qualidade da água, das ondas e conforto para os surfistas, para que eles possam desempenhar o surf em alto nível. Toda a estrutura da imprensa é grandiosa, o palanque dos moldes atuais tem estrutura de uma vila, dividida em setores para imprensa, vestiário, atletas e familiares. Portanto, o bairro de Itaúna acomodou bem essa megaestrutura em sua extensa faixa de areia, o que proporcionou a montagem dentro do padrão da WSL. Também foi constatado que, desde o último mundial, realizado em 2002, o bairro de Itaúna cresceu, após 15 anos de desenvolvimento imobiliário e comercial.

O especialista em surf, Ricardo Bocão, do Canal Woohoo, e um dos desbravadores das ondas de Saquarema na década de 70, destacou em seu canal de TV: “O bairro de Itaúna cresceu, tem casas com boa estrutura, tem casas com muito boa estrutura, elas foram sendo alugadas junto com as pousadas e já são de grande número. Resumindo: andando nos 3 primeiros dias do campeonato por aqui, eu vi uma tremenda harmonia. Está todo mundo bem instalado, se alimentando com tranquilidade, todo mundo tem acesso fácil aos lugares. A Prefeitura o organizou muito bem a questão do trânsito, bloqueou as ruas certas, do jeito certo. Você chega a qualquer lugar e estaciona direito, anda direito.”

E Ricardo Bocão concluiu: “Foi testada a capacidade do bairro de Itaúna e da cidade de Saquarema para receber um evento desse porte, desse tipo de público, com as necessidades da transmissão de hoje em dia. E o bairro de Itaúna, a cidade está passando com Nota 10!”

ATLETAS MARAVILHADOS

Outro ponto em destaque foi a empatia dos surfistas com as ondas de Itaúna. A transferência do local foi um pedido que partiu dos próprios competidores, tendo em vista a qualidade da água e das ondas, além de Saquarema ser um local mais tranquilo, em relação aos grandes centros. Durante a coletiva de imprensa, realizada em 8 de maio no Centro de Treinamento da Seleção Brasileira de Vôlei, o havaiano e atual líder no ranking mundial, John John Florence, comparou as ondas de Saquarema às ondas do Hawaii, onde fica sua cidade natal que, segundo ele, também possui um clima de interior com ondas poderosas, que exigem mais do surfista.

      


 assim como ele, vários atletas da elite do surf mundial afirmaram se sentir em casa, como o australiano Joel Parkinson. Um dos que já veio para Saquarema em 2002 e teve a oportunidade de retornar 15 anos depois, foi o australiano Mick Fanning. Em sua rede social ele demonstrou carinho por Saquarema, afirmando que tem muitas lembranças boas de 2002, quando participava de seu primeiro mundial e teve oportunidade de viajar e surfar com o saudoso surfista Andy Irons e o já aposentado nos circuitos, Mark Occhilupo. Naquele ano, Mick Fanning acabou ficando em segundo lugar, dividindo pódio com seu conterrâneo Taj Burrow.
(Reprodução / Instagram)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mick Fanning fez um comparativo ao retornar para as competições em Saquarema: “- Tem muito mais gente do que naquela vez, muitas casas novas. Mas gostei muito de voltar, fiquei muito feliz. No Postinho, as ondas fecham demais. Saquarema é um local mais justo para a competição, as ondas dão mais oportunidade. E a galera foi demais.” – constatou Mick Fanning, em matéria publicada no Jornal O Globo.

As mensagens do campeão do Oi Rio Pro 2017 apresentado por Corona, a 4ª etapa do Circuito Mundial da WSL – World Surf League, Adriano de Souza “Mineirinho”, resumiram a satisfação de todos os envolvidos direta e indiretamente com a troca de lugar da etapa do campeonato mundial:

Ganhar em Saquarema, para mim, foi a realização de um sonho. Quando eu cresci, com 10, 15 anos de idade, eu olhava Saquarema como o ápice da praia onde colocar meu nome. Graças a Deus, em 2017 eu consegui colocar.” – disse Mineirinho, em entrevista ao programa Esporte Espetacular, da TV Globo. E ainda agradeceu via Internet:

Obrigado à Saquarema, obrigado à World Surf League e à Oi por fazerem um evento tão mágico e principalmente por vencer pela segunda vez no Brasil. Foi uma experiência única, estou super feliz por ver um público tão grande nas areias de Saquarema. Obrigado a todos os locais pela vibe, pelo incentivo e pelo amor ao esporte. Obrigado gente, estou sem palavras para agradecer tamanho apoio e principalmente por toda a torcida. Valeu Saquá, tamo junto!” – declarou Adriano de Souza, o “Mineirinho”, em seu perfil em uma rede social.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPITAL NACIONAL DO SURF: SUCESSO DE PÚBLICO

Saquarema é uma cidade com pelo menos 83 mil habitantes e, no verão deste ano recebeu cerca de 50 mil pessoas por dia durante o Carnaval. Agora, no campeonato mundial de surf que aconteceu durante 9 dias, em baixa temporada, teve o fluxo diário de pelo menos 10 mil pessoas, chegando a 40 mil no final de semana. Vários veículos de mídia nacional destacaram o verdadeiro mar de gente que lotou a orla de Itaúna e fez a diferença na torcida pelos atletas. A vencedora na categoria feminina foi a australiana Tyler Wright, que saiu da água carregada e muito aplaudida pelo público que lotou as areias de Itaúna. (Reprodução/O Globo)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CIDADE CHEIA E COMERCIANTES SATISFEITOS

Após breve pesquisa realizada pela Prefeitura de Saquarema, os principais comerciantes e donos de pousadas avaliaram o evento de forma qualitativa. A grande maioria deles classificou o evento como Excelente e Muito Bom. E 90% dos entrevistados afirmaram que o comércio faturou mais no Campeonato Mundial do que no Carnaval. Em relação aos serviços prestados pela Prefeitura de Saquarema, relacionados à limpeza, organização e receptividade dos turistas, comerciantes como a Padaria da Ponte e o Quiosque 12 deram a classificação Excelente.

Saquarema está há mais de 40 anos no mapa dos circuitos de surf e agora demonstra que é capaz de receber o público do Brasil e do mundo, com toda estrutura exigida pela maior organização do campeonato mundial, a World Surf League.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

WSL APROVA A ETAPA DO MUNDIAL EM SAQUAREMA

De acordo com a matéria publicada no jornal O Globo, de 22 de maio, a WSL aprovou a etapa realizada em Saquarema: Elogios à torcida foram uma constante. Havia a preocupação de que o público não comparecesse com a mudança do Rio de Janeiro para Saquarema, mas o que se viu foi uma praia lotada no fim de semana, e com boa presença de torcedores mesmo nos dias úteis, como a quarta-feira que coroou o campeão Adriano de  Souza.”

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